terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

PLANEJAMENTO URBANO – COLETA DE LIXO

PLANEJAMENTO URBANO – COLETA DE LIXO

Como o Urbanismo, ou Planejamento Urbano, visa ao conforto da população, há que se considerar o meio ambiente. E como o lixo afeta diretamente o meio ambiente e ao homem, vale algumas linhas sobre esse tema. O QUE SE FAZ COM O LIXO PRODUZIDO PELO NOSSO POVO.
Muito se fala sobre coleta seletiva do lixo, porem nada, ou quase nada, se faz de concreto sobre isso. Disse o Arquiteto e Urbanista Jaime Lerner, que o fundamental é a educação das crianças, que fariam com que os adultos promovessem a seleção do lixo em sua própria moradia, para que então, com uma coleta seletiva, iniciássemos um processo de melhoria do meio ambiente. Mas na prática, não é isso que ocorre em nossa cidade. Tomemos como exemplo hipotético, um edifício residencial qualquer, em São Paulo, no Bairro de Pinheiros.
Este edifício, com 16 pavimentos e 64 apartamentos de classe média, vivem em torno de 256 pessoas que produzem diariamente aproximadamente 200 kg de lixo. Consideremos que desses 200 kg, 40% seja lixo orgânico e o restante de materiais passiveis de reciclagem, como papel, plásticos, metais. Isso está correto? Não, pois todos os 200 kg de lixo poderiam ser reciclados. Sabe-se que o papel, o plástico e os metais podem ser reciclados desde que haja para isso usinas para este fim. Porem o lixo orgânico também pode ser reciclado através o processo de compostagem. Para tanto, basta que se criem Usinas de Compostagem com capacidade de processar o lixo produzido na cidade, assim como se aumentar a quantidade e capacidade de processamento do papel, do plástico e dos metais. Voltando ao nosso hipotético edifício: lá, em cada pavimento existem recipientes especiais para receber todos os tipos de lixo, ou resíduos. Diariamente, são coletados e armazenados em local próprio no pavimento térreo, para que, dia sim dia não, seja coletado pelo serviço público de coleta de lixo. Nesse ponto, começa o nosso grande martírio. Em primeiro lugar, o serviço público de coleta, normalmente terceirizado por licitação, não faz a COLETA SELETIVA. Então, tudo o que foi feito nos andares e no depósito do térreo, é perdido e a coleta é feita de forma a receber todos os tipos de lixo sem qualquer seleção, ou seja, todo o trabalho de seleção dos resíduos é perdido. Tudo isso por que? Seja porque o nosso Poder Público não tenha interesse, pois tanto faz, para eles, criar “lixões” ou em algumas áreas, aterros sanitários. Já houve uma prefeita que quis criar a “taxa do lixo”. Isto é fonte de poluição com conseqüente agressão ao meio ambiente. O que eles não querem ver é que com algum investimento, seja público ou através Parcerias Público Privadas, as PPP, poder-se-ia obter lucro a médio e longo prazo pela comercialização do produto da reciclagem bem como diminuir consideravelmente os males causados por “lixões” ou aterros sanitários, que tambem são fontes de produção de gás metano.
Aos 60% de resíduos não orgânicos, já sabemos que o seu destino correto seria a reciclagem por meio da “indústria da reciclagem”, que todos sabemos existir, ainda que em número insignificante face a quantidade de lixo produzida em São Paulo. Isso até foi tema de uma recente novela na TV.
 Mas e os 40% de lixo orgânico? O que e como reciclá-lo? Por meio da USINAS DE COMPOSTAGEM. E o que é isso?
     O que é compostagem 
Compostagem é um processo de transformação de matéria orgânica, encontrada no lixo, em adubo orgânico (composto orgânico). É considerada uma espécie de reciclagem do lixo orgânico, pois o adubo gerado pode ser usado na agricultura ou em jardins e plantas.
A compostagem é realizada com o uso dos próprios microorganismos presentes nos resíduos, em condições ideais de temperatura, aeração e umidade.

Importância para o meio ambiente e saúde das pessoas 
A compostagem, usada principalmente na zona rural, é de extrema importância para o meio ambiente e para a saúde dos seres humanos. O lixo orgânico, muitas vezes, é descartado em lixões, ruas, rios e matas, poluindo o meio ambiente. Além disso, o acúmulo de resíduos orgânicos a céu aberto favorece o desenvolvimento de  bactérias, vermes e fungos que causam doenças nos seres humanos. Além disso, favorece o desenvolvimento de insetos, ratos e outros animais que podem transmitir doenças aos homens. Com a compostagem, além de se evitar a poluição e gerar renda, faz com que a matéria orgânica volte a ser usada de forma útil.

A coleta seletiva do lixo orgânico 
Para que ocorra a compostagem de forma adequada, é necessário que as pessoas realizem a coleta seletiva do lixo, encaminhando o lixo orgânico para usinas de compostagem e os resíduos sólidos para recicladores. A compostagem também pode ser realizada em casa, seguindo algumas orientações técnicas básicas.

Como já disse anteriormente, para isso, também, o principal é VONTADE POLITICA. Voltarei a esse tema.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Esta é a reportagem a que me referi na inserção anterior, quando tratei do desrespeito da Prefeitura com respeito às obras iniciadas e inacabadas. Desculpem-me por esta falha.

Planejamento Urbano - Vias públicas

Planejamento Urbano  -  Vias públicas

Urbanismo, ou planejamento urbano, é a ferramenta utilizada para tornar a vida do cidadão mais confortável. Entende-se por confortável, não apenas o ‘conforto material’, como uma boa moradia, móveis de qualidade, etc., mas sim o conforto que proporciona qualidade de vida. Quando se planeja uma “cidade nova” pode-se criar o “ideal”, com ruas e avenidas adequadas ao tamanho da cidade que se propõe. Criam-se centros de todas as espécies para os futuros habitantes, como centros residenciais, comerciais, de serviços e lazer, todos eles interligados  por ruas, avenidas, alamedas e até becos ou vielas, se esta for a proposta. Porem, quando se trata de adequar uma cidade já “pronta”, dar maior e melhor qualidade de vida aos seus moradores, temos que ter em mente que é extremamente necessário criar estas condições dentro dos parâmetros e condições que a cidade apresenta. Não se pode simplesmente derrubar tudo o que existe e começar de novo. E quando se trata de grandes metrópoles, como é o caso de nossa São Paulo, na qual houve um crescimento totalmente desordenado, apesar de vários “planos pilotos”, “leis de zoneamento”, “leis de uso e ocupação de solo”, muito pouco ou quase nada disso foi realmente aplicado. Daí, o caos urbano instalou-se em São Paulo. Então, o que fazer para tentar minimizar essa nossa “caótica realidade”? Muito se pode fazer, mas é preciso que se inicie por algum lugar, pois seria totalmente inviável que se tentasse tudo ao mesmo tempo, sob a pena de se criar um caos irreversível. Na impossibilidade de se criarem novas vias de imediato, que tal se simplesmente tentássemos torná-las mais adequadas ao seu uso pelos meios de transportes existentes? É sobre isso que falarei hoje.
Nossas vias públicas estão praticamente intransitáveis por conta da sua pavimentação. Concessionárias públicas, tais como de energia elétrica, de gás,  de telefonia, por necessário, fazem reparos em suas redes subterrâneas e no final, refazem o pavimento, onde por lei, os custos são de sua alçada. Mas como é feita esta pavimentação? Cada concessionária a faz a seu ‘bel prazer’, apesar das normas existentes para tal. Por falta de fiscalização por parte do Poder Constituído, estes reparos são executados sem o mínimo cuidado com relação ao plano do pavimento. Isto resulta em pavimentos totalmente irregulares, cada qual o executando de maneira quase que intuitiva sem o menor critério técnico. Aí temos ruas e avenidas com pisos totalmente irregulares, onde os automóveis e ônibus transitam aos solavancos, causando uma considerável diminuição da sua velocidade bem como um desgaste mecânico imponderável e principalmente desconforto ao público. Na grande maioria das nossas ruas e avenidas, não se anda mais do que 20 ou 30 metros sem que haja um desnível, acima ou abaixo, do plano do pavimento. Tomemos o exemplo da Avenida Pacaembu, na região central da cidade. Lá o limite de velocidade é de 70 km/h, inclusive com radares de fiscalização, mas o risco de se trafegar a mais de 40 ou 50 km/h é grande, pois a qualquer desnível do pavimento (e eles são muitos) pode-se “perder a direção” e sofrer ou causar um acidente. Isso se repete por quase a totalidade das ruas e avenidas da região central da cidade. Raras são as ruas e avenidas onde se possa trafegar por mais de 80 ou 100 metros de forma segura sob este aspecto. Sem contar com as obras iniciadas pela própria Prefeitura, que ficam “abertas” e inacabadas como mostra a reportagem publicada ontem pela REVISTA VEJA SÃO PAULO, a qual anexo. (este é apenas um exemplo, na Rua Augusta quase na esquina com a Rua Estados Unidos).      
Se este é o estado das nossas vias na região central, vocês podem imaginar como estão no centro expandido, nos bairros mais afastados e nas zonas periféricas da nossa São Paulo, sem que os nossos administradores/gestores tomem qualquer providência.
Voltarei a esse tema mostrando, com fotos, o estado lamentável das nossas VIAS PÚBLICAS.