segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Planejamento Urbano - Vias públicas

Planejamento Urbano  -  Vias públicas

Urbanismo, ou planejamento urbano, é a ferramenta utilizada para tornar a vida do cidadão mais confortável. Entende-se por confortável, não apenas o ‘conforto material’, como uma boa moradia, móveis de qualidade, etc., mas sim o conforto que proporciona qualidade de vida. Quando se planeja uma “cidade nova” pode-se criar o “ideal”, com ruas e avenidas adequadas ao tamanho da cidade que se propõe. Criam-se centros de todas as espécies para os futuros habitantes, como centros residenciais, comerciais, de serviços e lazer, todos eles interligados  por ruas, avenidas, alamedas e até becos ou vielas, se esta for a proposta. Porem, quando se trata de adequar uma cidade já “pronta”, dar maior e melhor qualidade de vida aos seus moradores, temos que ter em mente que é extremamente necessário criar estas condições dentro dos parâmetros e condições que a cidade apresenta. Não se pode simplesmente derrubar tudo o que existe e começar de novo. E quando se trata de grandes metrópoles, como é o caso de nossa São Paulo, na qual houve um crescimento totalmente desordenado, apesar de vários “planos pilotos”, “leis de zoneamento”, “leis de uso e ocupação de solo”, muito pouco ou quase nada disso foi realmente aplicado. Daí, o caos urbano instalou-se em São Paulo. Então, o que fazer para tentar minimizar essa nossa “caótica realidade”? Muito se pode fazer, mas é preciso que se inicie por algum lugar, pois seria totalmente inviável que se tentasse tudo ao mesmo tempo, sob a pena de se criar um caos irreversível. Na impossibilidade de se criarem novas vias de imediato, que tal se simplesmente tentássemos torná-las mais adequadas ao seu uso pelos meios de transportes existentes? É sobre isso que falarei hoje.
Nossas vias públicas estão praticamente intransitáveis por conta da sua pavimentação. Concessionárias públicas, tais como de energia elétrica, de gás,  de telefonia, por necessário, fazem reparos em suas redes subterrâneas e no final, refazem o pavimento, onde por lei, os custos são de sua alçada. Mas como é feita esta pavimentação? Cada concessionária a faz a seu ‘bel prazer’, apesar das normas existentes para tal. Por falta de fiscalização por parte do Poder Constituído, estes reparos são executados sem o mínimo cuidado com relação ao plano do pavimento. Isto resulta em pavimentos totalmente irregulares, cada qual o executando de maneira quase que intuitiva sem o menor critério técnico. Aí temos ruas e avenidas com pisos totalmente irregulares, onde os automóveis e ônibus transitam aos solavancos, causando uma considerável diminuição da sua velocidade bem como um desgaste mecânico imponderável e principalmente desconforto ao público. Na grande maioria das nossas ruas e avenidas, não se anda mais do que 20 ou 30 metros sem que haja um desnível, acima ou abaixo, do plano do pavimento. Tomemos o exemplo da Avenida Pacaembu, na região central da cidade. Lá o limite de velocidade é de 70 km/h, inclusive com radares de fiscalização, mas o risco de se trafegar a mais de 40 ou 50 km/h é grande, pois a qualquer desnível do pavimento (e eles são muitos) pode-se “perder a direção” e sofrer ou causar um acidente. Isso se repete por quase a totalidade das ruas e avenidas da região central da cidade. Raras são as ruas e avenidas onde se possa trafegar por mais de 80 ou 100 metros de forma segura sob este aspecto. Sem contar com as obras iniciadas pela própria Prefeitura, que ficam “abertas” e inacabadas como mostra a reportagem publicada ontem pela REVISTA VEJA SÃO PAULO, a qual anexo. (este é apenas um exemplo, na Rua Augusta quase na esquina com a Rua Estados Unidos).      
Se este é o estado das nossas vias na região central, vocês podem imaginar como estão no centro expandido, nos bairros mais afastados e nas zonas periféricas da nossa São Paulo, sem que os nossos administradores/gestores tomem qualquer providência.
Voltarei a esse tema mostrando, com fotos, o estado lamentável das nossas VIAS PÚBLICAS.

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