Hoje vamos falar um pouco sobre habitação.
Vejam, a cada 100 mil m² de área, utilizando-se para construção de moradias 60% deste total, conseguiríamos alocar aproximadamente 20 mil habitantes ou seja, em 1 milhão de m², poderíamos colocar 200 mil habitantes. Os 40% restantes da área seriam destinados a estacionamento, circulação, áreas verdes e equipamentos urbanos e de lazer. Voces acreditam que este é um numero absurdo para a nossa cidade? Pois bem, o Shopping Center Norte, um dos maiores da cidade está situado em uma área de 250 mil m². Numa área equivalente a 4 vezes o Shopping Center Norte, poderiam viver 200 mil pessoas. Ok, mas onde existem áreas como esta, numa cidade como São Paulo, para se criar esse número de habitações?
Quem conhece São Paulo sabe que existem áreas, onde outrora funcionavam indústrias e que hoje estão abandonadas. Estas áreas estão localizadas em bairros centrais como Mooca, Pari, Brás, Jaguaré. Ipiranga entre outras. Como já foi dito, estas áreas estão num raio de 5 a 6 km do Centro da cidade e possuem toda a infra estrutura necessária, como água, redes de esgotos, luz, telefone, transportes (ônibus e metrô). Se tomarmos como exemplo apenas a Mooca, encontraríamos uma área, não necessariamente adjacente, maior do que 1 milhão de m². Some-se o Brás e o Pari e então encontraríamos áreas que somadas, chegariam perto de 2 milhões de m², onde seria possível acomodar, com o conforto proporcionado pela infra estrutura existente, em torno de 400 mil habitantes. Voces me perguntariam: estes são números consideráveis, numa cidade de 11 milhões de habitantes? Eu lhes respondo, não, mas seria o inicio de um processo no qual seriam liberadas áreas de mananciais, várzea do Rio Tiete e outras áreas de risco iminente de desabamentos causados pelas chuvas. E qual o custo disso? Eu lhes digo, muitas vezes menor do que levar infra estrutura a locais como o Jardim Pantanal, no extremo leste de São Paulo, que precisa de vias, transportes, saneamento, etc. E o que seria feito, por exemplo, do Jardim Pantanal? Seria devolvido à sua função original, que é ser várzea do rio, permeável, que absorveria o excedente das cheias do rio, sem os prejuízos materiais causados em cada enchente e por muitas vezes com os prejuízos incalculáveis de cada vida que se perde. Isso vale, também, para outras inúmeras áreas, como margens dos inúmeros córregos que cortam a cidade os quais são desordenadamente habitados sem que nossos dirigentes de plantão tomem qualquer medidas coibi-los, e que causam, a cada chuva, algumas perdas preciosas de vidas.
Enfim, o que precisamos para levar adiante tais propostas?
Apenas VONTADE POLÍTICA.
Parabens, adorei suas colocações.
ResponderExcluirObrigado, Renata, espero continuar merecendo teus elogios.
ResponderExcluirOlá Sérgio!
ResponderExcluirParabéns pelo blog - uma excelente iniciativa para propagar boas ideias!
Abraço,
Daniel Wagner
www.hotelplanalto.com.br